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EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS
Prólogo
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I. O nascimento e a infância de Jesus
1 Genealogia de Jesus —
1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho deAbraão:
2Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó, Jacó gerou Judá e seus irmãos,
3Judá gerou Farés e Zara, de Tamar, Farés gerou Esrom, Esrom gerou Aram,
4Aram gerou Aminadab, Aminadab gerou Naasson, Naasson gerou Salmon,
5Salmon gerou Booz, de Raab, Booz gerou Jobed, de Rute, Jobed gerou Jessé,
6Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, daquela que foi mulher de Urias,
7Salomão gerou Roboão, Roboão gerou Abias, Abias gerou Asa,
8Asa gerou Josafá, Josafá gerou Jorão, Jorão gerou Ozias,
9Ozias gerou Joatão, Joatão gerou Acaz, Acaz gerou Ezequias,
10Ezequias gerou Manassés, Manassés gerou Amon. Amon gerou Josias,
11Josias gerou Jeconias e seus irmãos por ocasião do exílio na Babilônia.
12Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel, Salatiel gerou Zorobabel,
13Zorobabel gerou Abiud, Abiud gerou Eliacim, Eliacim gerou Azor,
14Azor gerou Sadoc, Sadoc gerou Aquim, Aquim gerou Eliud,
15Eliud gerou Eleazar, Eleazar gerou Matã, Matã gerou Jacó,
16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus chamado Cristo.
17Portanto, o total das gerações é: de Abraão até Davi, quatorze gerações; de Davi até o exílio na Babilônia, quatorze gerações; e do exílio na Babilônia até Cristo, quatorze gerações.
José assume a paternidade legal de Jesus —
18A origem de Jesus Cristo foi assim:Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo.
19José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo.
20Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor manifestou- se a ele em sonho, dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo.
21Ela dará a luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados”.
22Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito pelo profeta:
23Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel, o que traduzido significa: “Deus está conosco”.
24José, ao despertardo sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua mulher.
25Mas não a conheceu até o dia em que ela deu à luz um filho. E ele o chamou com o nome de Jesus.
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2 A visita dos magos —
1Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, no tempo do reiHerodes, eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,
2perguntando: “Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos” a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo”.
3Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém.
4E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber
deles onde havia de nascer o Cristo.
5Eles responderam: “Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta:
6E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo”.
7Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou certificar-se com eles a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido.
8E, enviando-os a Belém, disse-lhes: “Ide e procurai obter informações exatas a respeito do menino e, ao encontrá-lo, avisai-me, para que também eu vá homenageá-lo”.
9A essas palavras do rei, eles partiram. E eis que a estrela que tinham visto no seu surgir ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o menino.
10Eles, revendo a estrela, alegraram-se imensamente.
11Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.
12Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região.
Fuga para o Egito e massacre dos inocentes —
13Após sua partida, eis que o Anjo doSenhor manifestou-se em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito. Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar”.
14Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe, durante a noite, e partiu para o Egito.
15Ali ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que dissera o Senhor por meio do profeta: Do Egito chamei o meu filho.
16Então Herodes, percebendo que fora enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou matar, em Belém e em todo seu território, todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo de que havia se certificado com os magos.
17Então cumpriu-se o que fora dito pelo profeta Jeremias:
18Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação: Raquel chora seus filhos e não quer consolação, porque eles já não existem.
Retorno do Egito e estabelecimento em Nazaré —
19Quando Herodes morreu, eis que oAnjo do Senhor manifestou-se em sonho a José, no Egito,
20e lhe disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, pois os que buscavam tirar a vida ao menino já morreram”.
21Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe e entrou na terra de Israel.
22Mas, ouvindo que Arquelau era rei da Judéia em lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Tendo recebido um aviso em sonho, partiu para a região da Galiléia
23e foi morar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareu.
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A promulgação do Reino dos Céus
1. PARTE NARRATIVA
3 Pregação de João Batista —
1Naqueles dias, apareceu João Batista pregando nodeserto da Judéia
2e dizendo: “Arrependei-vos, por que o Reino dos Céus está próximo”.
3Pois foi dele que falou o profeta Isaías, ao dizer: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas.
4João usava uma roupa depêlos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins. Seu alimento consistia em gafanhotos e mel silvestre.
5Então vieram até ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a região vizinha ao Jordão.
6E eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
7Como visse muitos fariseus e saduceus que vinham ao batismo, disse-lhes: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir?
8Produzi, então, fruto digno de arrependimento
9e não penseis que basta dizer: ‘Temos por pai a Abraão’. Pois eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
10O machado já está posto à raiz das árvores e toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e lançada ao fogo.
11Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
12A pá está na sua mão: vai limpar sua eira e recolher seu trigo no celeiro: mas, quanto à palha, vai queimá-la num fogo inextinguível”.
Batismo de Jesus —
13Nesse tempo, veio Jesus da Galiléia ao Jordão até João, a fim deser batizado por ele.
14Mas João tentava dissuadi-lo, dizendo: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?”
15Jesus, porém, respondeu-lhe: “Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça”. E João consentiu.
16Batizado, Jesus subiu imediatamente da água e logo os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele.
17Ao mesmo tempo, uma voz vinda dos céus dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.
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4 Tentação no deserto —
1Então Jesus foi levado pelo Espírito para o deserto, para ser tentado pelo diabo.
2Por quarenta dias e quarenta noites esteve jejuando. Depois teve fome.
3Então, aproximando-se o tentador, disse-lhe: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães”.
4Mas Jesus respondeu: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. ”
5Então o diabo olevou à Cidade Santa e o colocou sobre o pináculo do Templo
6e disse-lhe: “Se és Filho de Deus, atira-te para baixo, porque está escrito: Ele dará ordem a seus anjos a teu respeito, e eles te tomarão pelas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra. ”
7Respondeu-lhe Jesus: “Também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus.
“ 8Tornou o diabo a levá-lo, agora para um monte muito alto. E mostrou-lhe todos os reinos do mundo com o seu esplendor
9e disse-lhe: “Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares”.
10Aí Jesus lhe disse: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto. ”
11Com isso, o diabo o deixou. E os anjos deDeus se aproximaram e puseram-se a servi-lo.
Retorno à Galiléia —
12Ao ouvir que João tinha sido preso, ele voltou para a Galiléia
13e, deixando Nazara, foi morar em Cafarnaum, à beira-mar, nos confins de Zabulon e Neftali,
14para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías:
15 Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região além do Jordão, Galiléia das nações!
16O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz; aos que jaziam na região sombria da morte, surgiu uma luz.
17A partir desse momento, começou Jesus a pregar e a dizer:”Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus”.
Vocação dos quatro primeiros discípulos —
18Estando ele a caminhar junto ao mar daGaliléia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.
19Disse-lhes: “Segui-me e eu vos farei pescadores de homens”.
20Eles, deixando imediatamente as redes, o seguiram.
21Continuando a caminhar, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com o pai Zebedeu, a consertar as redes. E os chamou.
22Eles, deixando imediatamente o barco e o pai, o seguiram.
Jesus ensina e cura —
23Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas,pregando o Evangelho do Reino e curando toda e qualquer doença ou enfermidade do povo.
24A sua fama espalhou-se por toda a Síria, de modo que lhe traziam todos os que
eram acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidades, bem como endemoninhados, lunáticos e paralíticos.
E ele os curava.
25Seguiam-no multidões numerosas vindas da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e da região além do Jordão.
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2. DISCURSO EVANGÉLICO
5 As bem-aventuranças —
1Vendo ele as multidões, subiu à montanha. Ao sentar-se,aproximaram-se dele os seus discípulos.
2E pôs- se a falar e os ensinava, dizendo:
3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
5Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
“Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim.
12Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.
Sal da terra e luz do mundo —
13Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso,com que o salgaremos? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
14Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte.
15Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo do alqueire, mas no candelabro, e assim ela brilha para todos os que estão na casa.
16Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem vosso Pai que está nos céus.
O cumprimento da Lei —
17Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vimrevogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento,
18porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado.
19Aquele, portanto, que violar um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino dos Céus. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus.
A nova justiça é superior à antiga —
20Com efeito, eu vos asseguro que se a vossajustiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus.
21Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; aquele que matar terá de responder no tribunal.
22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, terá de responder no tribunal; aquele que chamar ao seu irmão ‘Cretino!’ estará sujeito ao julgamento do Sinédrio; aquele que lhe chamar ‘Louco’ terá de responder na geena de fogo.
23Portanto, se estiveres para trazer a tua oferta ao altar e ali te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; e depois virás apresentar a tua oferta.
25Assume logo uma atitude conciliadora com o teu adversário, enquanto estás com ele no caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão.
26Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo.
27Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério.
28Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração.
29Caso o teu olho direito te leve a pecar, arranca-o e lança-o para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado na geena.
30Caso a tua mão direita te leve a pecar, corta-a e lança-a para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para a geena.
31Foi dito: Aquele que repudiar a sua mulher, dê-lhe uma carta de divórcio.
32Eu, porém, vos digo: todo aquele que repudia suamulher, a não ser por motivo de ‘fornicação’, faz com que ela adultere; e aquele que se casa com a repudiada comete adultério.
33Ouvistes também que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos para com o Senhor.
34Eu, porém,vos digo: não jureis em hipótese nenhuma; nem pelo Céu, porque é o trono de Deus,
35nem pela Terra, porque é o escabelo dos seus pés, nem por Jerusalém, porque é a Cidade do Grande Rei,
36nem jures pela tua cabeça, porque tu não tens o poder de tornarum só cabelo branco ou preto. 37Seja o vosso ‘sim’, sim, e o vosso ‘não’, não. O que passa disso vem do Maligno.
38Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente.
39Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau; antes, àquele que te fere na face direita oferece-lhe também a esquerda; àquele que quer pleitear contigo, para tomar-te a túnica, deixa-lhe também a veste;
41e se alguém te obriga a andar uma milha, caminha com ele duas.
42Dá ao que te pede e não voltes as costas ao que te pede emprestado.
43Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. “
44Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;
45desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos.
46Com efeito, se amais aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem também os publicanos a mesma coisa?
47E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem também os gentios a mesma coisa?
48Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.
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6 A esmola em segredo —
1Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homenspara serdes vistos por eles. Do contrário, não recebereis recompensa junto ao vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não te ponhas a trombetear em público, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, com o propósito de serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
3Tu, porém, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita,
4para que a tua esmola fique em segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.
Orar em segredo —
5E quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque elesgostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
6Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando tua porta, ora ao teu Pai que está lá, no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.
A verdadeira oração. O Pai-nosso —
7Nas vossas orações não useis de vãs repetições,como os gentios, porque imaginam que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos.
8Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes.
9Portanto, orai desta maneira: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu Nome,
10venha o teu Reino, seja feita a tua Vontade na terra, como no céu.
11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
12E perdoa-nos as nossas dívidas como também nós perdoamos aos nossos devedores.
13E não nos exponhas à tentação mas livra-nos do Maligno.
14Pois, se perdoardes aos homens os seus delitos, também o vosso Pai celeste
vos perdoará; 15mas se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os vossos delitos.
Jejuar em segredo —
16Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio como fazem os hipócritas, pois eles desfiguram seu rosto para que seu jejum seja percebido pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
17Tu, porém, quando jejuares, unge tua cabeça e lava teu rosto,
18para que os homens não percebam que estás jejuando, mas apenas o teu Pai, que está lá no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.
O verdadeiro tesouro —
19Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e ocaruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam,
20mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam;
21pois onde está o teu tesouro aí estará também teu coração.
O olho é a lâmpada do corpo —
22A lâmpada do corpo é o olho. Portanto, se o teu olhoestiver são, todo o teu corpo ficará iluminado;
23mas se o teu olho estiver doente, todo o teu corpo ficará escuro. Pois se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão as trevas!
Deus e o Dinheiro —
24Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará ume amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro.
Abandonar-se à Providência —
25Por isso vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida quanto ao que haveis de comer, nem com o vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que a roupa?
26Olhai as aves do céu: não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros. E, no entanto, vosso Pai celeste as alimenta. Ora, não valeis vós mais do que elas?
27Quem dentre vós, com as suas preocupações, pode acrescentar um só côvado à duração da sua vida?
28E com a roupa, por que andais preocupados?
Aprendei dos lírios do campo, como crescem, e não trabalham e nem fiam.
29E, no entanto, eu vos asseguro que nem Salomão, em toda sua glória, se vestiu como um deles.
30Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã será lançada ao forno, não fará ele muito mais por vós, homens fracos na fé?
31Por isso, não andeis preocupados, dizendo: Que iremos comer? Ou, que iremos beber? Ou, que iremos vestir?
32De fato, são os gentios que estão à procura de tudo isso: o vosso Pai celeste sabe que tendes necessidade de todas essas coisas.
33Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
34Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã se preocupará consigo mesmo. A cada dia basta o seu mal.
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7 Não julgar —1Não julgueis para não serdes julgados.
2Pois com o julgamento comque julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos.
3Por que reparas no cisco que está no olho do teu irmão, quando não percebes a trave que está no teu?
4Ou como poderás dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu?
5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.
Não profanar as coisas santas —
6Não deisvossas pérolas aos porcos, para que não as estraçalhem.
aos cães o que é santo, nem atireis as pisem e, voltando-se contra vós, vos
Eficácia da oração —
7Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto;
8pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá.
9Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão?
10Ou lhe dará uma cobra, se este lhe pedir peixe?
11Ora, se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedem!
A regra de ouro —
12Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam,fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas.
Os dois caminhos —
13Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminhoque conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele.
14Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à Vida. E poucos são os que o encontram.
Os falsos profetas —
15Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes.
16Pelos seus frutos os conhecereis. Por acaso colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos?
17Do mesmo modo, toda árvore boa dá bons frutos, mas a árvore má dá frutos ruins.
18Uma árvore boa não pode dar frutos ruins, nem uma árvore má dar bons frutos.
19Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
20É pelos seus frutos, portanto, que os reconhecereis.
Os verdadeiros discípulos —
21Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará noReino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus.
22Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos e em teu nome que expulsa- mos demônios e em teu nome que fizemos muitos milagres?’
23Então eu lhes declararei: ‘Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade’.
24Assim, todo aquele que ouve essas minhas palavras e as por em práticaserá comparado a um homem sensato que construiu a sua casa sobre a rocha.
25Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha.
26Por outro lado, todo aquele que ouve essas minhas palavras, mas não as pratica, será comparado a um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia.
27Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande sua ruína!”
Espanto da multidão —
28Aconteceu que ao terminar Jesus essas palavras, as multidões ficaram extasiadas com o seu ensinamento,
29porque as ensinava com autoridade e não como os seus escribas.
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